Olá seguidores do Baú!
Pra começar nossa conversa de hoje, vamos dar uma olhada numa super história que acabou de chegarna nossa seção Livros do Baú? Você pode ver por aqui ou clicar na nossa Sala de Leitura virtual aqui ao lado. O nome da história é "O carnaval da bicharada" da Jessica Rodrigues. A adaptação é da professora Soraya Rosa e a narração da dubladora/cantora/atriz Paula Tavares. Depois de assistir, dê uma olhadinha no que contamos depois, tá? Não se esqueça de deixar seu comentário!
Boa leitura e divirta-se!
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O CARNAVAL DA BICHARADA
CONTINUANDO...
Estamos iniciando nosso ano com um tema super alto astral: "Tradições Populares".
E, claro, não poderíamos deixar de começar com ele, aquele que foi a última celebração antes do isolamento social e que esse ano não pôde ser realizado em todo o seu esplendor: o CARNAVAL!
Origem do Carnaval: como surgiu a festa
Fonte: site Toda Matéria
A origem do Carnaval está nas festas aos deuses da Antiguidade. Com a ascensão do cristianismo, as festas pagãs ganharam novos significados. Assim, o Carnaval tornou-se a oportunidade dos fiéis despedirem-se de se alimentarem de carne. Inclusive, a palavra carnaval vem do latim carnis levale que significa “retirar a carne”.
Para a Igreja Católica, o Carnaval antecede a Quaresma, o período de quarenta dias antes da Páscoa, onde se recorda o momento no qual Jesus esteve no deserto e foi tentado pelo demônio.
Desde o início da sua comemoração, no Carnaval, as pessoas podiam esconder ou trocar de identidade. Assim, tinham maior liberdade para se divertir, ao mesmo tempo que podiam adquirir características ou funções diferentes do que eram verdadeiramente: pobres podiam ser ricos, homens podiam ser mulheres, entre outros. Em Veneza, os nobres usavam máscaras para poder desfrutar da festa junto do povo e manter sua identidade oculta. Esta é a origem do uso da máscara, que é uma característica marcante desta celebração.
Origem do Carnaval no Brasil
No Brasil, o Carnaval surgiu com o entrudo trazido pelos portugueses. Este consistia numa brincadeira quando as pessoas atiravam água, farinha, ovos e tinta uma nas outras.
Por sua parte, os africanos escravizados se divertiam nestes dias ao som de batuques e ritmos trazidos da África e que se mesclariam com os gêneros musicais portugueses. Esta mistura seria a origem da marchinha de carnaval e do samba, entre muitos outros ritmos musicais. O Carnaval de rua era animado pelas marchinhas, um gênero musical parecido às marchas militares, porém mais rápidas e com letras de duplo sentido. Desta maneira, criticam a sociedade, a classe política e a situação do país de maneira geral.
Considera-se que a primeira marchinha de Carnaval sejam "Ò Abre Alas", escrita em 1899 pela compositora carioca Chiquinha Gonzaga. Surgem os "ranchos", as "sociedades carnavalescas" e os "cordões", agrupações de foliões que saíam pelas ruas da cidade tocando as marchinhas e fazendo todos dançarem.
Com a popularização do rádio, as marchinhas caíram no gosto popular. Vários cantores registraram estas composições, mas cabe destacar os nomes de Carmem Miranda e Francisco Alves como os maiores intérpretes do gênero.
Na década de 60, a marchinha deu lugar ao samba-enredo das escolas de samba.
Escolas de Samba
A primeira agremiação que surgiu no Rio de Janeiro se chamava "Deixa Falar", hoje "Estácio de Sá",
em 1928. A origem do nome "escola" se dá ao fato que os fundadores da "Deixa Falar" estavam num bar em frente a uma escola.
Hoje em dia, elas recebem o nome oficial de "Grêmio Recreativo Escola de Samba", pois têm o compromisso de difundir a cultura na comunidade onde estão inseridas.
O Carnaval de rua no Rio de Janeiro sofreu um golpe com a construção do "Sambódromo", que confinava os desfiles a este espaço. A festa passou a ser transmitida pela TV e os ingressos ficaram cada vez mais caros. O Carnaval de rua sobrevivia nos subúrbios com grupos como o "Cacique de Ramos", no centro da cidade, através de blocos como o "Cordão do Bola Preta" e os "Carmelitas". Na Zona Sul carioca, havia a "Banda de Ipanema" e mesmo o "Imprensa que eu Gamo", formado por profissionais da comunicação. Parecia que a festa carioca mais popular estaria destinada aos turistas, mas um grupo de teatro amador, o Boitatá, ressurgiu com o costume de arrastar os foliões pela rua. Atualmente, quase 500 blocos desfilam pelas ruas cariocas.
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